A chamada deste artigo talvez seja uma prova do que você certamente já presenciou no dia a dia, no contato com pessoas que começam a adoecer por causa do alto estresse no ambiente de trabalho. Acontece que isto agora foi comprovado por um novo estudo, que apontou que níveis de estresse no trabalho aumentam o risco de transtornos mentais. É o que pode explicar a quantidade de pessoas que inclusive ficam afastados em decorrência disso, principalmente entre as mulheres, que são as mais afetadas.
Doenças por estresse no trabalho
A pesquisa mostrou que os trabalhadores que possuem um estilo de vida estressante, principalmente os que fumam, têm trabalhos muito exigentes e contam com pouco apoio social, correm um risco maior de serem afastados por questões de saúde mental. O estudo foi publicado recentemente no Journal of Occupational and Environmental Medicine.
Os pesquisadores do Instituto Karolinska analisaram informações de 12 mil trabalhadores e descobriram que em um período de cinco anos cerca de 8% deles foram afastados do emprego por sofrerem de problemas psiquiátricos. Vale destacar que deste total 75% eram mulheres, o que deixa bem claro que elas são mais afetadas por este problema.
Não foi a primeira vez que uma pesquisa mostra uma relação estreita entre o estresse no trabalho e as doenças mentais. Estudos anteriores que já haviam provado que as condições psicológicas no ambiente de trabalho influenciam diretamente nas taxas de licença médica em decorrência dos problemas de saúde mental.
Novas atitudes, menos estresse no trabalho
Os pesquisadores afirmam também que, para reduzir os riscos, os trabalhadores devem ser incentivados a praticar atividades físicas regulares, ainda que não sejam em alta performance. Além disso, é essencial que os próprios empregadores comecem a abordar os problemas inerentes ao ambiente de trabalho de uma maneira menos incisiva.
Lisa Mater, que é uma das autoras do estudo, afirmou que “intervenções, como reduzir as elevadas exigências do trabalho, podem revelar-se eficazes para diminuir o risco de licença médica associadas a transtornos mentais”, concluiu.
