É fácil buscar na memória artistas de tv e pessoas públicas que conseguiram reduzir o peso e ter mais qualidade de vida após uma cirurgia de redução de estômago, conhecida como gastroplastia. Muita gente não sabe exatamente o que se passa e como esta intervenção, apesar de bastante complexa, pode salvar a vida destas pessoas. Por isso, entenda de uma vez por todas como é feito este procedimento e o que ele pode mudar na vida de uma pessoa obesa.
A obesidade
O ganho exagerado de peso, que pode ocorrer devido a motivos diversos, e as complicações na saúde, estão entre os principais motivos pelos quais as pessoas recorrem à gastroplastia para colocar fim à obesidade. A questão estética e a qualidade de vida vêm logo em seguida, sendo também consideradas muito importantes para quem decide tomar esta iniciativa.
Trata-se de um procedimento cirúrgico que pode ser feito de três maneiras diferentes, o que pode de alguma forma alterar o resultado obtido, principalmente em função da adaptação do paciente no após a cirurgia. É importante lembrar que em alguns casos ela pode ser revertida, mas em outros não, o que torna necessária, inclusive, um acompanhamento profissional para que o paciente possa optar pela que está mais de acordo com seu perfil. Atualmente a idade mínima para a realização da cirurgia é de 16 anos.
Mesmo tendo este procedimento como recurso para tratar a obesidade, médicos e especialistas ressaltam que não há nada que substitua um equilíbrio alimentar e atitudes saudáveis como a prática de exercícios físicos. É como diz aquele velho ditado, que é sempre bem melhor prevenir do que remediar. Vale sempre lembrar que antes da gastroplastia é feita uma avaliação cuidadosa do paciente por uma junta médica, com o objetivo de tentar um tratamento menos invasivo.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de procedimentos como este aumentou 200% no Brasil em oito anos, passando de 1.773 em 2003 para 5.332 em 2011. E a expectativa é de que estes números aumentem ainda mais, considerando que a fatia da população que apresenta sobrepeso vem aumentando sistematicamente no país.
Tipos de gastroplastia
Existem três tipos de cirurgias bariátricas, que buscam diminuir o tamanho do estômago, reduzindo assim a capacidade de ingestão de alimentos.
A Banda Gástrica Ajustável é a aplicação de um dispositivo de silicone na parte superior do estômago, fazendo desacelerar a digestão dos alimentos por meio da sensação de saciedade que o paciente passa a ter. Trata-se de uma intervenção que pode ser revertida, uma vez que não há cortes ou grampeamentos no estômago. Com ela, o estômago do paciente ganha o formato de “ampulheta”, o que restringe a recepção de alimentos somente à parte superior.
Já a Gastroplastia vertical com bandagem (ou Cirurgia de Mason) é a técnica na qual se “grampeia” o estômago do paciente no sentido vertical, restringindo a recepção de alimentos apenas a uma pequena parte. Isso também leva à sensação de saciedade ao paciente. A parte na qual o alimento passará fica com cerca de 6 cm, criando assim uma pequena bolsa gástrica com volume entre 30 a 50 ml. Ela é pouco utilizada atualmente, tendo sido substituída pela técnica destacada anteriormente ou pela Gastroplastia vertical em “sleeve”.
Por fim, a Gastroplastia vertical em “sleeve” é quando o estômago do paciente é grampeado em forma de tubo, intervenção que vai desde o esôfago até o duodeno. Neste caso, é possível reduzir o estômago em até 80%, deixando-o com uma capacidade entre 150 e 250 ml. Nesta intervenção é retirado também o chamado fundo gástrico, região na qual é produzido o hormônio grelina, que é o responsável pela sensação de fome, diminuindo assim o apetite do paciente.
O mais importante é procurar um médico de confiança antes de começar a buscar técnicas alternativas para a redução de peso, pois somente os especialistas poderão indicar o procedimento mais adequado para cada caso.