Punção testicular: uma chance de se tornar pai

Punção testicular: uma chance de se tornar pai

Veja como a punção testicular pode ajudar homens que querem ter filhos mas não conseguem, seja por produção reduzida de espermas ou mesmo vasectomia.

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punção testicular o masculino
Muitos homens recorrem à punção testicular para realizar o desejo de ter filhos. Foto: Shutterstock

Apensar de não ser muito conhecida, a punção testicular é um procedimento bastante comum, indicado para pacientes que querem ter filhos mas não podem reverter a vasectomia ou que não possuem espermatozoides na ejaculação. Trata-se de uma intervenção cirúrgica simples, que consiste na retirada dos espermatozoides diretamente dos testículos ou dos epidídimos com a ajuda de uma agulha.

Nos casos em que o líquido ejaculado pelo homem não indica a presença de espermatozoides, a punção testicular é vista como uma das principais saídas para que ele possa ter filhos. O procedimento é bem simples e pode ser feita com o paciente totalmente sedado ou apenas anestesia local. Normalmente, o profissional utiliza uma seringa com uma agulha fina e injeta até o local desejado para retirar os espermatozoides.

Principais tipos de punção testicular

Existem três tipos diferentes de punção testicular. São elas: PESA (Aspiração Percutânea de Espermatozoides do Epidídimo), TESA (Aspiração Percutânea de Espermatozoides do Testículo) ou TESE (Extração por Biópsia de Espermatozoides do Testículo).

No caso da PESA, é utilizada uma técnica bem menos invasiva se comparada às demais, pois é feita uma aspiração apenas do líquido do epidídimo (parte em que está a maior parte dos espermatozoides), sem a necessidade de abrir o escroto. São nestes casos que o procedimento é feito apenas com anestesia local, sendo indicado principalmente para aqueles homens que fizeram vasectomia.

Somente nos casos em que não foram encontrados espermatozoides no epidídimo é que os especialistas partem para outra técnica parecida, que é a TESA. Neste caso, a principal diferença entre as duas é que esta é feita diretamente no testículo, onde os espermatozoides são produzidos.

Já o método TESE é bem mais complexo, por isso é indicado em casos mais extremos. Por esta técnica é feito um corte de cerca de dois centímetros na pele do escroto, expondo o epidídimo. Um dos túbulos dessa estrutura é isolado e o fluído dentro dele é aspirado. A principal vantagem desta técnica é o fato de o urologista poder acessar diretamente o local onde existem espermatozoides com o uso do microscópio, evitando-se as demais punções sem sucesso.

Recuperação da punção testicular

Nenhum destes métodos exige muitos cuidados especiais antes ou mesmo após sua realização. Geralmente, a recuperação da punção testicular é bem simples, sendo indicado ao homem que cuide da região onde foi feita a punção, aplicando bolsas de gelo e tomando os analgésicos receitados pelo médico.

Em nenhum dos casos há garantias de que o material coletado por meio da punção terá espermatozoides, muito menos de que eles estarão em boas condições quanto à sua formação. Segundo os especialistas, a probabilidade de sucesso da fertilização variam também de acordo com outros fatores, entre eles o número de embriões transferidos, a idade da mulher e a qualidade do laboratório. Mulheres com menos de 30 anos de idade, por exemplo, podem ter até 50% de chance de sucesso, enquanto essa taxa cai para de 15% após os 42 anos.

A punção testicular só é contraindicada nos casos de pacientes com doenças testiculares graves. É importante lembrar que o ideal é realizar o procedimento sempre em clínicas especializadas ou mesmo hospitais. É solicitado um jejum de 8 horas para a realização da punção testicular.