Vemos constantemente na mídia os benefícios de ter um planejamento financeiro eficiente, controlando todas as movimentações na ponta do lápis, calcular os índices de liquidez, endividamento e patrimônio líquido, e por aí vai.
Então entramos no dilema: quanto mais controle e informações buscamos, mais tempo gastamos, mais complexo se torna o processo e, para alguns, mais chato fica. Isso faz com que as famílias abandonem o controle das finanças e logo surgem dívidas, começa-se a pagar o mínimo do cartão de crédito, atrasa-se a conta de água e, de repente, seu nome está no cadastro de negativo.
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Calma! Não é o fim do mundo. Você pode seguir algumas dicas simples de planejamento financeiro para aproveitar melhor seu tempo e dinheiro, mantendo controle das suas finanças.
Como iniciar um planejamento financeiro
Defina objetivos
Não faz sentido guardar dinheiro por guardar. A máxima de que “dinheiro não traz felicidade” é verdade. Ficamos felizes com O QUE o dinheiro pode fazer, como nos dar tranquilidade, segurança, prazer, saúde, etc.
Então estabeleça objetivos financeiros de um ano e outros para dois anos ou mais. Por exemplo, reformar a cozinha ou fazer uma segunda lua de mel ou mesmo adquirir capital para começar seu próprio negócio. Ter um objetivo em mente serve de estímulo para seguir em frente, mesmo diante das pedras no meio do caminho.
Pague você primeiro
Você só poupa o que sobra na sua conta ao fim do mês? Inverta essa regra! De todo o dinheiro que entrar no seu bolso, pode ser o salário, pagamento sobre serviços, lucros sobre negócios, etc., reserve 10% e aplique em algum investimento que não tenha resgate automático.
A ideia é fazer com que você e sua família se acostumem a viver com menos e garantir uma poupança para seus objetivos, o que não irá gerar nenhum transtorno no decorrer do tempo.
Tenha uma reserva financeira
Como o futuro é incerto, é melhor prevenir do que remediar. Constitua uma reserva financeira para garantir algum período de tranquilidade em casos de estresses, como perda do emprego, problemas de saúde ou outros infortúnios.
Tenha em aplicações de renda fixa uma reserva mínima de 6 meses de salário e no máximo 1 ano. Pode ser sua renda média, caso não seja assalariado. Mais do que isso não tem necessidade.
Conheça suas despesas fixas
Podemos descrever despesas fixas como aquelas que ocorrem todo mês, aproximadamente na mesma data e valor. Exemplos delas são aluguel, contas de consumo (água, luz, internet), IPTU, parcelas de financiamentos, etc. Tenha em mente ou, de preferência anotado em um calendário, a data e o valor de cada uma para que você possa manter um valor disponível em conta corrente para pagá-las.
Querer x Precisar
Antes de qualquer compra, faça a seguinte pergunta: “Estou precisando ou estou querendo esse produto/serviço?”. As necessidades devem ser satisfeitas. Sua família não pode morrer de fome! Mas suas vontades podem ser reavaliadas ou planejadas. Você quer realmente aquele carro novo, tudo bem, mas planeje-se para a compra sem prejudicar seus outros objetivos ou atrasar as contas de casa.
Envolva a família no planejamento financeiro
Pergunte a sua companheira e filhos quais são seus sonhos e, através do diálogo, estabeleça os mais importantes para a família. Como os objetivos são de todos, o empenho de cada um torna os objetivos mais fáceis de se atingir, pois a família irá trabalhar como equipe em prol dos mesmos resultados.
Pode ser que com o passar do tempo você sinta necessidade de acompanhar mais de perto suas contas, a fim de conseguir eliminar os desperdícios e hábitos que retardem o caminho rumos aos seus objetivos. Mas com essas medidas descritas, você e sua família já conseguem ir longe e fugir das armadilhas que acabam com seu dinheiro.